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Aprenda a negociar com seu chefe – o que ter em mente ao se pleitear um aumento

Escrito por Contratanet | 13/07/2011 10:05:39

No último mês, a página do Facebook do Contratanet propôs uma enquete, na qual os fãs da página poderiam escolher um tema para ser debatido no nosso Blog!

A seguir, você poderá ler sobre o tema vencedor: “Aprenda a negociar com seu chefe: o que ter em mente ao se pleitear um aumento “, abordado por Felipe Maia, Diretor executivo do grupo SYDLE. Felipe apresenta reflexões de como é possível negociar com o  chefe o aumento de salário, um ponto de grande dificuldade vivenciada por vários profissionais, muitos temem conversar com o chefe, outros não sabem como apresentar as justificativas certas. Veja o que fazer!

O salário é um direito do empregado e uma obrigação da empresa. O aumento não necessariamente.

Todos nós já nos deparamos, ou certamente iremos deparar, com o desejo de pedir aumento. Sempre que isto acontecer, esteja preparado para responder a uma simples pergunta: por que mereço um aumento?

Para tentarmos achar a melhor resposta, vamos primeiro passar por dois exemplos de justificativas que não se deve dar. A primeira é dizer: “ah, porque estou trabalhando aqui há um ano!”

Bom, com esta justificativa o melhor que você poderá receber é um bolo para comemorar o aniversário da empresa e, se tiver sorte, uma placa de patrimônio. Tempo de casa não justifica aumento, serve para lhe dar mais experiência sobre a empresa, o negócio, os clientes, suas atividades e, aí sim, caso você traduza isso em qualidade, produtividade, assertividade e lucratividade, você terá um bom argumento para pedir aumento. A segunda  é dizer: “mas eu faço tudo que me pedem e faço certinho!”

Eu duvido que alguém imagine que uma empresa contrate um funcionário pensando que ele fará suas atividades que não seja de forma correta e completa. Imagine a cena em uma entrevista de emprego, a empresa informando ao candidato o salário da vaga: “O valor do salário é de  R$ 1.000,00; mas só se for pra fazer tudo o que for pedido e de forma correta. Mas se você quiser, podemos pagar uns R$ 800,00 e você desenvolve suas atividades pela metade”. Sem chances, concorda?

Outro exemplo, na mesma linha.  Você compra uma passagem Rio-SP por R$ 200,00, ao pousar, mas antes de sair do avião, a aeromoça se encaminha até você e diz que é preciso pagar mais R$ 50,00 pelo voo. “Mas por que isso?”, você perguntaria. A aeromoça com um largo sorriso lhe responderia que o aumento no preço da passagem se deveu pelo fato deles terem feito tudo certinho, como foi pedido. Neste momento você pensará: “mas não é mais que a obrigação fazer tudo correto, como combinado?”. É! É exatamente aí que eu quero chegar! Espero que tenha me entendido.

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Assim, saindo da forma errada, para a correta, podemos dizer que a resposta para a pergunta inicial deve passar pelo que você faz para merecer este valor adicional ao seu salário. Bons exemplos de diferenciais valorizados no momento de se considerar um aumento, por parte do chefe (que nem sempre tem verba disponível para aumentar a todos da equipe), são aqueles que passam por melhorias contínuas e regulares, capacidade de assumir responsabilidades e riscos, comprometimento com o resultado e a equipe, pró-atividade e feed back, sinceridade e transparência, multiplicação e descentralização do conhecimento, produtividade e lucratividade, curiosidade e capacitação.

Evidentemente a empresa e especialmente o chefe, espera que um funcionário desenvolva todas essas habilidades para ser merecedor de um aumento. Estas são apenas algumas sugestões de atitudes, comportamentos e valores que devem povoar a mente daqueles que querem não apenas um aumento em seu salário, mas alcançarem seus objetivos profissionais, seja qual for a empresa ou ramo de suas atividades. Para concluir, vale lembrar sempre: você é o sujeito, e não o objeto, de suas conquistas.

 

Felipe Maia é diretor executivo do grupo SYDLE, além de professor de pós-graduação e graduação, mestre em administração pela UFMG, com cursos de extensão pela HARVARD University e FEA/USP, e 3 anos de experiência no exterior.